UMA BIOGRAFIA DE CARLOS DA SILVA SANTOS
Carlos Santos nasceu em 9 de dezembro de 1904, na rua General Câmara, próximo da escola Santa Joana D’Arc. Com um ano, o pequeno Carlos sente a perda do pai, que veio a falecer no ano de 1905. A sua mãe muito corajosa leva adiante a família. O pai de Carlos Santos era diretor do Jornal “A Voz do Escravo”.
Carlos Santos foi alfabetizado pela irmã Maria José, mais conhecida como Dona Bebé, professora primária, que tinha escola particular em sua casa. Com tantas mudanças de escola, que não foram poucas, só para ter uma idéia, Carlos Santos passou por quatro escolas. Passou seis meses no Tradicional Colégio dos Lagoantes, após seis meses mudou-se de escola e ficou mais seis meses no Colégio das Carlotinhas. Um ano no Liceu Leão XXIII (dos Padres Salesianos). Um ano como aluno externo na Escola dos Aprendizes de Marinheiro. Aos 11 anos começou a trabalhar como aprendiz na Oficina Dias Estaleiro Naval.
A partir de 1928, aos 24 anos casou-se com Julieta Finnes Bolleto na centenária Matriz São Pedro. Carlos Santos dedicou-se de corpo e alma a atividades sindicais de operários, em especial dos colegas do estaleiro. Em 1930 foi nomeado oficial auxiliar pelo dr. Lindolfo Collor, titular do recém criado Ministério do Trabalho.
Em 1932 em companhia do presidente do Sindicato dos Estivadores efetuou sua primeira missão trabalhista fora do Rio Grande do Sul, quando foi à capital Federal, Rio de Janeiro. Em 1933 foi nomeado fiscal do trabalho. Em 1934, delegado eleito do Sindicato dos Metalúrgicos. No ano 1935 foi elevado ao cargo de Deputado Classista na Assembléia Legislativa. Sua ascensão ao Parlamento foi fato inédito na sociedade gaúcha.
Em 1937, o legislativo foi fechado. Carlos Santos retorna a sua cidade. Deixa de ser operário e passa a trabalhar no Colégio Estadual Lemos Júnior. Estudar era preciso principalmente para concluir o curso primário. Fez o secundário e ingressou na Faculdade de Direito de Pelotas, onde recebeu o diploma em 1950.
Em 1958 o seu nome foi consenso na convenção do PTB, e em 1959 voltou a ser deputado estadual, isso se repetiu em 1963, 1967 e 1971. Com uma carreira solidificada Carlos Santos exerceu o mandato de deputado federal de 1975 a 1982, ocasião em que elaborou projetos voltados para a área dos Direitos Humanos, Ecologia, Previdência, crianças carentes, pessoas portadoras de necessidades especiais e questões habitacionais.
Quando todos julgavam que iria pleitear mais um mandato na Câmara Federal, Carlos Santos resolveu parar. Estava com 78 anos e julgava que não tinha mais fôlego para enfrentar mais uma maratona de vida pública. Suas atuações no plenário estadual e federal tiveram o reconhecimento do estado, em 1988, quando recebeu do governador Pedro Simon, a medalha da Ordem de Ponche Verde no grau de Cavaleiro.
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Cátia, Adriane e Tatiana
Redação de Tatiana dos Santos do Nascimento (15 anos) e Cátia dos Santos do Nascimento (14 anos), sob orientação da Profª Adriane Santos da Silva, da Escola Estadual de Ensino Fundamental Dr. Victor de Britto -Série/Ciclo: 8ª e 7ª Séries - Cidade: Porto Alegre/RS, que é parte integrante da publicação/resultado do CONCURSO PERSONALIDADES NEGRAS DO RIO GRANDE DO SUL, da ONG Maria Mulher.